A detecção de rochas espaciais não cartografadas depende da espionagem da luz solar e o reflexo dela em outras superfícies. Mas alguns asteroides ocupam cantos do céu nos quais o brilho do Sol os sufoca, e, como brasas atirando-se em frente a uma fogueira termonuclear, confundem a vista.
No ano passado, na esperança de encontrar asteroides camuflados pela excessiva luz solar, uma equipe internacional de astrônomos agregou aos seus equipamentos uma câmera desenvolvida inicialmente para investigar a elusiva energia negra do Universo. Na segunda-feira, com base em pesquisa primeiro publicada no The Astronomical Journal, os astrônomos anunciaram a descoberta de três novos projéteis afogados em luz.
Um deles, o 2022 AP7, tem cerca de uma milha de comprimento e a sua órbita atravessa o caminho da Terra em torno do Sol, aproximando-se até 4,4 milhões de milhas do nosso planeta – o que é desconfortavelmente perto para padrões cósmicos, embora muito mais do que a distância da Lua. Isto faz de 2022 AP7 “o maior asteroide potencialmente perigoso encontrado nos últimos oito anos”, disse Scott Sheppard, astrônomo do Carnegie Institution for Science, em Washington, e autor do estudo.
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